A vontade de recomeçar tomou Kate, talvez agora sua vida fosse melhor do que nunca. Vida nova seria significado de namorado novo? Mas e o Bryan, o seu tão amado seria deixado como mais uma lembrança de sua vida em Los Angeles? Seria tudo mais uma birra de adolescente e agora ela crescera suficiente a entender isso? Confiram ç.ç
Acordei feliz no domingo, tomei um banho longo e sai pra
almoçar num restaurante que tem perto da minha casa. Pensei em chamar Stefan,
mas talvez fosse bom não forçar muito, fui sozinha mesmo. Voltei para casa e
fui assistir TV. Nada de bom passava àquela hora, assisti ao primeiro filme que
encontrei: “Marley e eu”. Naturalmente, como sempre, chorei no filme.
Lembrei-me de quanto eu e Sam assistimos aquele filme, na parte que o Marley
morre nós sempre chorava juntas, isso tenha tornado de certa forma minha
nostalgia, mas dessa vez era diferente, eu estava feliz.
Segunda-feira chegou trazendo os compromissos, faculdade e
atualizações de sites. Eu não tenho do que reclamar: administrar sites era uma
profissão boa até que eu me formasse, eu ganhava um bom dinheiro fazendo isso e
minha família me mandava o equivalente a 1.500 reais por mês para ajudar a
pagar a faculdade e as despesas que eu tinha com ela. Nunca tive problemas
financeiros, o dinheiro que eles me mandavam todo mês e o meu emprego me
garantiam financeiramente.
Na terça-feira à tarde Stefan apareceu na minha casa, ele me
recebeu com um abraço forte e eu, entendendo a necessidade dele, que também era
a minha, correspondi. Conversamos normalmente, como antes já que sempre fomos
meio amigos, desde o inicio da faculdade que a gente conversa, mas raramente
fora de lá, agora era mais frequente.
Na quarta-feira mais uma empresa me ligou, aceitei
administrar mais um site.
A semana passou muito rápido e sexta-feira, aluguei um
filme, estava cansada de sempre os mesmos na TV a cabo. Estava colocando o DVD
quando alguém tocou a campainha, não lembrava de o porteiro ter interfonado,
talvez fosse apenas a vizinha da frente pedindo alguma coisa emprestado...
Abri a porta e dei de cara com Stefan. Como ele tinha
conseguido entrar sem passar pela portaria? Foi como comecei a conversa:
- Como foi que você subiu? O porteiro nunca deixou ninguém
subir sem primeiro interfonar.
- Eu tenho minhas técnicas – ele riu – brincadeira. Posso
entrar?
- Claro.
Eu estava de pijama e ainda por cima era de ursinho, que
vergonha. O que ele fora fazer lá àquela hora? Já se passavam de onze da noite.
Ele sentou no sofá de três lugares e eu sentei no mesmo sofá só que em uma boa
distância.
- Deve estar se perguntando o que eu vim fazer aqui, certo?
- Confesso que sim – assim que falei isso, ele se aproximou,
um pouco mais.
- Kate, aquele beijo, depois da festa, aqui na porta do seu
apartamento. Você está mesmo...
Não o deixei acabar a frase, aproximei-me rapidamente e
beijei-o novamente, assim que nos separamos ele tocou com o polegar sobre meus
lábios e perguntou:
- Quer namorar comigo princesa?
- Preciso responder?
- Acho que não precisa, mas por via das dúvidas...
- Claro que sim – dessa vez ele interrompeu para mais um beijo.
Ficamos um tempo ser saber o que falar, então perguntei se
ele não queria passar a noite ali, comigo. Preparamos pipoca e fomos assistir ao
filme que eu havia alugado.
Depois de fazermos a maior bagunça com pipocas na sala,
deitei no peito dele para acabarmos de assistir o filme, ele acariciava meu
cabelo e dava leves beijos na minha testa, foi assim que eu adormeci aquela
noite, nos braços fortes do Stefan.
Quando acordei, estava na minha cama e Stefan não estava
ali, senti cheiro de café quentinho na cozinha, logo imaginei que ele tivesse
fazendo café da manhã para mim, que fofo.
- Bom dia princesa – ele desejou junto com um selinho.
- Bom dia fofo – a ficha ainda não tinha caído que eu estava
mesmo namorando Stefan.
- Estava dormindo tão linda que resolvi não te chamar.
Inclusive, tem recado da sua mãe na secretária eletrônica... Ela falava algo
como “Me conta como foi com o menino da festa, ele já te pediu em namoro”, algo
assim. Acho que ela se referia a mim – corei, o que a minha mãe tinha que deixar
um recado desses na secretária eletrônica? Eu ia ter uma conversinha com ela
mais tarde.
Notando meu desespero ele puxou meu queixo já que eu tinha
baixado a cabeça.
- Não precisa ficar com vergonha – ele riu – mas eu acho que
você deve ligar pra ela e contar que sim, ele pediu.
- Acho que devo salientar que eu aceitei – ri também – mas
agora vamos tomar logo esse café que infectou minhas narinas com esse cheiro
delicioso.
Ele concordou e puxou a cadeira para eu sentar, sentei-me de
um lado da mesa e ele do outro.
Continua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário